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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Se aceitar, é tudo que há

Talvez seja uma das coisas mais importantes que devemos aprender na vida, contudo, é a mais difícil... eu que o diga! Se aceitar vai além dos conceitos sociais que nos são impostos. Consiste em se olhar para o que existe dentro e fora de si mesmo. 
 
Na adolescência tive inúmeros conflitos, principalmente com o meu corpo. Por sempre ter sido uma criança gordinha, aos onze anos inventei de começar a fazer regimes, (quase fico anorexa). Extremamente magra, ainda me achava gorda, com medo de comer, vivia chorando escondida, todos os dias tinha que passar por uma farmácia, só para me pesar, e se engordasse 100 gramas, era motivo de pânico. Sem falar que quase todos os dias passava mal na escola, porque saia de casa sem me alimentar. E assim foi, uma constante guerra com meu corpo, e por trás constante ansiedade. Quando chegou o tempo de Escola Técnica, então,  por volta dos meus dezesseis anos que foi patético mesmo, deixava de almoçar para comer pipoca com suco de limão. Quanto mal estava eu fazendo a minha saúde em nome da vaidade. Tenho certeza que essa debilidade alimentícia, contribuiu bastante para que alguns anos depois viesse a desencadear a primeira crise do Lúpus. Em conjunto as estravagâncias com o Sol, visando unicamente "aquele bronze" quando ia à praia. Fazendo ouvido de mercador, quando pessoas próximas até tentavam alertar para os perigos do Sol, e dos regimes exagerados. Mas acho que por um bom tempo agi assim comigo, "exageradamente". O Lúpus veio exatamente para me dar um freio, e fazer com que eu após inúmeras quedars, pudesse me olhar, e ver que o bonito é ser o que é. Não é fácil! A vaidade acho que depois do orgulho e do egoísmo, é um dos vícios mais duros de se combater.
 
Hoje às vésperas de completar trinta anos, aos poucos começo a entender não piegamente, mas de verdade que tudo isso passa, e o que fica é o que foi construído moralmente. Que devo cuidar de mim: Alma, mente e corpo. Que para ser o que é, e fazer o que gosta não preciso exagerar. E que os momentos de verdadeira felicidade, muitas vezes foram aqueles que não estava nem aí para aparência, e pelo o que os outros iriam achar.
 
Estou aos poucos, não vou mentir, aprendendo a me aceitar. Quem sabe nos meus "sessenta", não lhes direi que já me aceito por completo?! ... rsrsrsr... Brincadeira!

Fernanda Cavalcanti

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