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 |  |  |   |  | Revisado por Terry L. Moore, MD Director  of Rheumatology at St. Louis University School of Medicine and Health  Sciences Center, Director of Pediatric Rheumatology at Cardinal Glennon  Children's Hospital,
 Professor of Internal Medicine and Pediatrics at St. Louis University School of Medicine.
 O envolvimento do Sistema Nervoso Central  é muito comum no Lúpus Eritematoso Sistêmico. Ele pode variar da forma  mais simples até àquela que requer tratamento por toda a vida. É a  manisfestação do lúpus mais difícil de ser diagnosticada -- muitas vezes  é difícil distinguí-la dos sintomas de outras doenças e/ou  medicamentos.
 Sintomas
 Dos pacientes  lúpicos, cerca de 24 a 51% apresentam envolvimento do SNC. Embora este  envolvimento do SNC no lúpus tenha sido objeto de muitos estudos, é  difícil comparar essas diferentes pesquisas porque não existem  definições padronizadas para essa situação. Enquanto alguns pesquisados  consideram sintomas mais simples como envolvimento com o SNC, outros  consideram apenas os sintomas mais graves. A seguir, você tem uma lista  dos sintomas mais reconhecidos:
 
 
 
DefiniçõesDisfunção cognitiva  Dores de cabeça  Convulsões  Alterações na consciência  Meningite asséptica  Hemorragia cerebral  Paresia (perda de sensibilidade)  Mielopatia  Neuropatia periférica  Disfunção das habilidades motoras  Alterações de comportamento  Psicose  Síndrome orgânica do cérebro (SOC/OBS)  Depressão  Confusão  Desordem afetiva 
Derrame  Neurite ótica  Pseudotumor cerebri  Indo um pouco além nas definições de alguns dos sintomas apresentados:
 Disfunção cognitiva
 A  disfunção cognitiva poderia ser descrita como a dificuldade de  pensar/concentrar, dificuldade de falar, dificuldade de lembrar e  dificuldade de manipular números -- algumas vezes mencionada (pelos  pacientes) como mente embaçada. Estima-se (a partir de diversas  pesquisas) que entre 20 e 40% dos pacientes com lúpus tenham alguma  disfunção cognitiva.
 Perfis  psicológicos tais como, MMPI ou a "Wechsler Adult Intelligence Scale"  são frequentemente úteis para diagnosticar a disfunção, mas seus  resultados podem ser distorcidos por medicamentos ou fadiga. As  disfunções cognitivas podem ser encontradas em adultos e crianças, e  parecem ter correlação com a presença e níveis de certos anticorpos  (anti-dsDNA, anticorpos linfocitóxicos, anticorpos anti-neuronais).
 Dor de cabeça - Dor de cabeça lúpica
 Dor  de cabeça sé uma das mais freqüentes manifestações em pacientes lúpicos  com envolvimento do Sistema Nervoso Central. Pesquisas indicam que  essas dores de cabeça podem ser vasculares (tais como a da enxaqueca) ou  musculares. Foram observadas algumas associações entre a forma vascular  e a presença de anticorpos antifosfolipídeos. Também existem indicações  de que as dores de cabeça vasculares tem correlação com a atividade da  doença. O tratamento para essas dores podem variar desde o tratamento  usado nas enxaquecas até simples aspirinas - não existe um único  tratamento que funcione para todos os pacientes lúpicos com dor de  cabeça.
 Os pacientes lúpicos apresentam mais enxaquecas parciais ou enxaquecas oculares,  do que o resto da população em geral. Uma enxaqueca parcial ou ocular é  descrita como os sintomas iniciais, comuns nas enxaquecas (tais como  distúrbios visuais), sem a dor de cabeça propriamente dita.
 Convulsões
 As  convulsões no lúpus não foram adequadamente estudadas. Em parte, porque  a incidência de convulsões diminuiu significativamente nas últimas  décadas - devido ao tratamento imediato de manifestações mais graves.  Alguns relatórios associam as convulsões a antifosfolipídeos. As  convulsões normalmente respondem bem à terapia com esteróides e/ou  medicamentos anticonvulsivos. O maior problema ao lidar com convulsões e  lúpus, é que muitos dos medicamentos usados para tratá-lo podem causar  as convulsões: esteróides, antimaláricos e alguns citotóxicos.
 Mielopatia
 Mielopatia - doença da espinha dorsal  - é uma manifestação rara do lúpus. Alguns estudos indicam que há uma  associação entre a mielopatia e anticorpos antifosfolipídeos. Os estudos  também mostram uma correlação entre a mielopatia lúpica e o lúpus  neonatal, hipertensão pulmonar, neurite ótica, meningite asséptica e  gravidez. Existem três apresentações principais para a mielopatia  lúpica: grandes infartos na espinha dorsal (áreas que "morrem" devido à  falta de fluxo sangüíneo), hematomas subdurais na espinha dorsal  (sangramento dentro da espinha) e leucomielopatia subapical (doença dos  tratos condutores da espinha). Os tratamentos mais efetivos dependem do  paciente específico, e normalmente incluem: altas doses de esteróides,  heparina e ciclofosfamida.
 Neuropatia periférica
 A  neuropatia periférica ocorre em mais de 20% dos pacientes lúpicos. Os  sintomas incluem: síndrome do túnel carpal, sensações alteradas  (paralisia, "tingling", queimação) na pele, distúrbios visuais, dores na  face, tremor nas pálpebras, zunido nos ouvidos, e "dizziness". Sintomas  podem ser devidos à outras condições que não o lúpus (tais como os  medicamentos, traumas e outras doenças).
 Exames  elétricos, tais como o eletromiograma (EMG) e exames de condução dos  nervos são normalmente úteis para determinar se os sintomas têm outra  origem ou causa.
 Inflamação dos nervos periféricos (chamada mononeurite múltipla) é tratada com corticóides.
 Disfunção das habilidades motoras
 Essas  manifestações são raras, ocorrendo em apenas 5% dos pacientes com  lúpus. Os sintomas normalmente consistem em dificuldade para usar os  músculos tais como caminhas ou apertar objetos. A grande maioria dos  pacientes com esses sintomas é criança. Esteróides e Haloperidol são as  opções de tratamento. Parece que um bom percentual desses pacientes  (20%) também têm evidências de anticorpos antifosfolipídeos.
 Síndrome Orgânica do Cérebro
 Qualquer  tipo de trauma no cérebro, pode sarar e cicatrizar - isso inclui os  traumas causados pelo LES. A Síndrome Orgânica do Cérebro é devida a  traumas anteriores no cérebro (de qualquer causa) que não foram curados  adequadamente. Cerca de 30% dos pacientes lúpicos apresentam evidências  de SOC. A verdadeira SOC (crônica) não tem nenhuma tratamento efetivo -  ela é, ao mesmo tempo, não progressiva e irreversível.
 "Pseudotumor Cerebri"
 O  "Pseudotumor Cerebri" é uma forma de hipertensão intracraniana benigna.  Os pacientes normalmente reclamam de dores de cabeça. Seus discos  óticos se apresentam inchados, mas o fluído sinovial está normal. Isto  normalmente se manifesta em mulheres jovens, é está associada à  suspensão rápida da ingestão de esteróides ou "dural venous sinus  thromboses". O tratamento normalmente consiste do uso de altas doses de  esteróides ou agentes anticoagulantes/antiplaquetas.
 Etiologia - As causas
 Existem várias classificações para as causas do envolvimento do Sistema Nervoso Central:
 
 
TratamentoVasculopatia (problemas com os vasos sangüíneos)  Hialinização (uma substância formada na parede dos vasos, que ocorre quando os vasos estão degenerando)  Inflamação perivascular (inflamação em volta dos vasos sangüíneos)  Proliferação endotelial (um engrossamento das paredes dos vasos)  Trombose (coágulos) 
Infartos (obstrução do fluxo sangüíneo)  Microinfartos  Grandes infartos 
Hemorragia (sangramento)  Subaracnóideo (sangramento sob uma das "coberturas" do cérebro)  Microhemorragias (sangramentos muito pequenos, algumas vezes não diagnosticados)  Subdural (sangramento entre a cobertura principal do cérebro/espinha dorsal)  Intracerebral (sangramento no cérebro) 
Infecção  Meningite (infecção das meninges - cobertura - da espinha dorsal)  Inflamação perivascular (inflamação resultado de infecção ao redor dos vasos sangüíneos)  Hemorragia séptica  Cerebrite focal (locais específicos de inflamação dentro do cérebro)  Vasculite (inflamação dos vasos sangüíneos) 
 A  dificuldade em diagnosticar e tratar do envolvimento do Sistema Nervoso  Central consiste, é claro, no fato de que existem muitas outras causas  para a maioria desses sintomas. As seguintes possibilidades precisam ser  eliminadas antes que o paciente possa ser diagnosticado:
 
 
Como  já dissemos, diagnosticar e tratar um paciente lúpico com envolvimento  do Sistema Nervoso Central pode ser muito difícel. Devido às várias  possíveis causas para os sintomas - que não o lúpus -, é importante que  você seja devidamente avaliado. O que inclui uma boa avaliação? Os  exames a seguir deveriam fazer parte de qualquer bom exame neurológico:Efeitos de medicamentos  Fibromialgia  Infecções no Sistema Nervoso Central  Estresse emocional  Doença não relacionada ao lúpus  Esclerose Múltipla ou Esclerose Lúpica  Desequilíbrios eletrolíticos e nos fluídos  Desordem psiquiátrica  
 
O  tratamento do paciente lúpico com envolvimento do Sistema Nervoso  Central, depende do paciente, do médico, da doença. Os medicamentos  podem incluir: esteróides, imunossupresivos, afinadores do sangue,  antibióticos, anti-convulsivos ou anti-depressivos. Embora alguns  pacientes tenham sintomas irreversíveis, um grande percentual se  recupera após algum tempo.Histórico detalhado  Exame físico  Exames laboratoriais  CBC e Diferencial  Taxa de Sedimentação  Perfil ANA  ANA  Anti-dsDNA  Anti-ribosomal P 
Níveis de Complemento  Antifosfolipídeos 
Exames Especializados (que podem ou não estar disponíveis para todos os médicos)  CT Scan  MRI  EEG  Spinal Tap  PET ou SPEC scans  Testes Neuropsiquiátricos 
 
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 IMPORTANTE   Procure o seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.   As informações disponíveis no site da Dra. Shirley de Campos possuem apenas caráter educativo.
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