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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Lúpus em bebês

Todas nós portadoras de lúpus que desejamos um dia sermos mães, carregamos dentro de nós inúmeros questionamentos, tais como: Será que perderei meu bebê? Será que meu filho nascerá com lúpus, ou algum outro problema? Durante a gravidez, terei que continuar tomando remédios para evitar uma crise? Vários são os questionamentos que nos cercam. O ideal é ter uma conversa séria e esclarecedora com o médico que acompanha o tratamento para o lúpus, e também, com o ginecologista.
Veja a seguir perguntas e respostas sobre este assunto, no site Superando o Lúpus:

É comum o bebê nascer com Lúpus?
Não, aproximadamente 1 a 2% das crianças nascidas de mulheres com doenças autoimunes, incluindo Lúpus Eritematoso Sistêmico e síndrome de Sjögren, apresentam Lúpus Neonatal.
Quais as complicações que o Lúpus pode provocar ao bebê?
As pacientes com Lúpus controlado nos seis meses que precedem a gestação e com função renal estável e normal ou quase normal têm menos chance de ter recém-nascidos com complicações. São descritos como complicações:
1. Perda fetal em até 50% das gestações, com maior risco para as pacientes com Lúpus ativo, hipertensão arterial, nefrite lúpica, queda dos níveis de complemento, níveis elevados de anticorpos anti-DNA, anticorpos anti-fosfolípides ou queda das plaquetas.
2. Parto prematuro
3. Lúpus Neonatal em 1 a 2% das gestações: a principal complicação do Lúpus Neonatal é o bloqueio cardíaco completo, uma arritmia grave que necessita de tratamento.
4. Algumas medicações podem passar para o leite materno dificultando o aleitamento.
O bebê com Lúpus Neonatal, ele terá os sintomas para o resto de sua vida?
As lesões de pele não deixam cicatriz e desaparecem em 6 a 8 meses. Em criança que não apresenta bloqueio cardíaco ao nascimento ou na época do diagnóstico do Lúpus Neonatal, é baixo o risco de desenvolver doença cardíaca tardia. As crianças com bloqueio cardíaco incompleto (primeiro e segundo grau) podem evoluir para bloqueio cardíaco completo, com risco de limitação aos exercícios e morte se não for tratado com a colocação de marcapasso. Nos pacientes tratados com marca-passo a evolução é excelente, entretanto 5 a 10%, podem desenvolver insuficiência cardíaca, na evolução. Criança com Lúpus Neonatal tem maior risco de desenvolver doenças autoimunes e reumáticas, como: artrite idiopática juvenil, psoríase, doenças de tireóide e diabete.
O bebê com Lúpus poderá tomar vacinação normalmente?
Crianças com Lúpus podem receber todas as vacinas exceto sabin, caso a mãe esteja utilizando corticóide em altas doses ou drogas imunossupressores, pois a criança ficará eliminando o vírus por 30 dias e a mãe pode se contaminar.
Qual especialista cuidará do bebê com Lúpus?
O pediatra, o reumatologista pediátrico e nos casos de bloqueio cardíaco o cardiologista pediátrico.
Qual tipo de tratamento o bebê é submetido?
O tratamento do Lúpus Neonatal depende da manifestação que o recém nascido apresenta. Gestantes lúpicas podem ter recém nascidos com Lúpus Neonatal e bloqueio cardíaco congênito, alteração grave por reduzir os batimentos cardíacos. Nestas condições gestantes devem realizar ecocardiogramas de controle. O tratamento pré-natal ou intra-útero para a prevenção do bloqueio cardíaco deve ser discutido e orientado pelo reumatologista e obstetra. Após o nascimento, o tratamento do bloqueio cardíaco pode ser feito com medicações, mas 2/3 dos recém-nascidos necessitam de marcapasso. Se a alteração é apenas da pele, deve-se orientar menor exposição à luz ultravioleta, uso de protetor solar (kids) e corticóide tópico quando necessário. Outras alterações, além da pele e cardíacas, podem estar presentes, como sanguíneas e do fígado, mas geralmente são leves e transitórias, desaparecendo por volta dos seis a oito meses. Em alguns destes pacientes pode ser necessário utilização de medicamentos, orientados pelo reumatologista pediátrico.
Quais os cuidados que os pais precisam ter?
A maior preocupação é o acompanhamento e tratamento dos recém-nascidos com bloqueio cardíaco congênito, cuja orientação será fornecida pelo reumatologista e cardiologista pediátrico. As outras manifestações regridem em média com seis a oito meses de idade, mas a criança com Lúpus Neonatal deve ser acompanhada, pois pode apresentar alguma doença auto-imune ou reumática no futuro, È necessário o alerta de que o Lúpus Neonatal pode recorrer com maior frequência em gravidez subsequente de mães com os anticorpos positivos.

DRA. SILVANA B. SACCHOTTI
DRA. EUNICE MITIKO OKUDA
DRA. MARIA CAROLINA DOS SANTOS
DR. MARCOS VINÍCIUS RONCHEZEL
DRA. WANDA ALVES BASTOS
REUMATOLOGISTAS
IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO


Fernanda Cavalcanti

Um comentário:

  1. Olá, blogueiro(a)!

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