Quem um dia na vida não ousou conhecer, ou até mesmo, desafiar os mistérios que encombrem o princípio e a verdade das coisas? Desde a tenra idade somos aficionados a seguir o que nos é imposto, desde nossos gostos por roupas, músicas e religião. Ai de nós se questionássemos quem ou o quê era Deus. Fomos bitolados a acreditar que Deus é o Ser que castiga, só esperando um único deslize nosso, para enviar seu raio sobre nossas cabeças. Nos ensinaram que “temor a Deus”, é “tremer diante de Deus”. Santa ingenuidade! Deus não quer, e nem muito menos precisa ver nossas pernas tremendo como prova de que acreditamos Nele. Não exige de nós sacrifício algum como prova de “amor”. Não espera ver pessoas esquálidas para mostrar que estão orando e jejuando. Já que mais vale o jejum da língua, dos maus pensamentos. Deus não espera ver pessoas que berram aos quatro cantos que estão indo á Igreja, e nem muito menos que já compraram seus lotes de terra no céu. Deus quer ver a evolução individual, e não pessoas apontando o erro umas às outras. O verdadeiro temor a Deus vem do coração disposto a crescer, se conhecendo e paulatinamente se moldando, e se deixando moldar. É ao pôr-do-Sol se colocar em oração, relembrando de tudo o que feito ao longo do dia: o que foi e o que precisa melhorar. É saber que Deus permite o erro, como princípio do acerto.Fernanda Cavalcanti
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