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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Por várias vezes pensei... e sem querer encontrei este texto: A mente é indecisão

Leia:


"Perguntaram a Osho:    

Amado Osho, Viver com decisão, saber o que se quer, parece fácil. Entretanto, a minha realidade é a de que eu não posso mudar a minha mente com relação a coisa alguma. Eu sempre posso ver ambos os lados de um argumento e jamais posso decidir qual é o certo. Assim, fico dependurado entre os dois. Uma parte de mim, ao ouvir você, sente que isso é ótimo, mas isso torna-me paralisado, como se eu tivesse apenas parcialmente vivo. Por favor, comente.

A mente jamais é decisiva. Não se trata da sua mente ou da mente de alguma outra pessoa — a mente é indecisão. O funcionamento da mente fica vacilando entre dois polos opostos e tentando descobrir qual é o caminho certo.

A mente é a coisa errada e, através da coisa errada, você fica tentando descobrir o caminho certo. É como se você, ao fechar os olhos, ficasse tentando encontrar a porta. Certamente, você se sentirá dividido entre os dois caminhos — se vai por este caminho ou por aquele outro; você se sentirá sempre numa condição de "ou/ou". É essa a natureza da mente.

Um grande filósofo dinamarquês foi Sören Kierkegaard. Ele escreveu um livro, Either/Or (Ou/ou). Era sua própria experiência de vida — ele jamais pôde decidir sobre qualquer coisa. Tudo era sempre de tal ordem, que se ele decidisse desse jeito, depois, aquele outro jeito é que pareceria o certo. Se ele decidisse daquele outro jeito, depois, este jeito é que pareceria ser o certo. Ele permanecia indeciso.

Ele ficou sem se casar, embora uma mulher estivesse muitíssimo apaixonada por ele e o tivesse pedido em casamento. Mas ele disse: "Eu terei de pensar sobre isso — o casamento é uma coisa importante, e eu não posso dizer 'sim' ou 'não', imediatamente". E ele morreu com a questão, sem se casar. Ele viveu muito — talvez uns setenta anos — e ficou continuamente apresentando argumentos, discutindo. Mas ele não descobriu resposta alguma que não tivesse seu oposto equivalente.

Ele jamais pôde tornar-se professor. Ele tinha preenchido o formulário, ele tinha todas as qualificações — as melhores qualificações possíveis! —, tinha muitos livros em seus créditos, de tamanha importância, que após um século eles ainda são contemporâneos, não envelheceram, não ficaram ultrapassados. Ele preencheu o formulário, mas não pôde assiná-lo — por causa do "ou/ou"... se entrava ou não no serviço. O formulário foi encontrado quando ele morreu, no pequeno quarto onde ele vivia.

Seu pai, vendo aquela situação — e ele era seu único filho —, vendo que até para ir a algum lugar ele parava no cruzamento para decidir ir por este caminho ou por aquele caminho... durante horas! Toda a Copenhague ficou sabendo da esquisitice desse homem, e as crianças o apelidaram de "Ou/ou", e os gaiatos o seguiam, gritando "Ou/ou!", aonde quer que ele fosse.

Antes de morrer, seu pai liquidou todos os seus negócios, juntou todo o dinheiro, depositou numa conta bancária, e deu um jeito para que, a cada primeiro dia do mês, Kierkegaard pudesse receber certo montante em dinheiro, de modo que, durante toda a sua vida ele pudesse, pelo menos, sobreviver.

E vocês se surpreenderão: no dia em que ele estava voltando para casa, no primeiro dia do mês, após retirar a última parcela do dinheiro — o dinheiro tinha acabado —, ele caiu na rua e morreu. Com a última prestação! Essa era a coisa certa a fazer. O que mais fazer? —... porque depois daquele mês, o que faria ele?

E devido aos gaiatos e a outras pessoas que o importunavam e o chamavam de "Ou/ou", ele saía somente uma única vez por mês, só no primeiro dia, para ir ao correio. Mas agora então não sobrara nada — no próximo mês ele não tinha aonde ir.

Ele escrevia livros, mas não estava decidido quanto a publicá-los ou não; ele deixou todos os seus livros sem publicar. Eles são de tremendo valor. Cada livro tem uma grande penetração nas coisas. Sobre cada assunto que ele escreveu, ele foi até às raízes, até os mínimos detalhes... um gênio, mas um gênio da mente.

Com a mente, esse é o problema — não é um problema seu — e, quando melhor mente você tem, maior será o problema. Mentes menores não encontram muito esse problema. É a mente do gênio que é oposta, com duas polaridades, e não pode escolher. E, então, ele cai num limbo.

O que eu tenho tentado dizer a vocês é que é da natureza da mente estar em um limbo. É da natureza da mente estar no meio dos polos opostos. A menos que você se afaste da mente e torne-se uma testemunha de todos os seus jogos, você jamais será decidido.

Mesmo se algumas vezes você se decidir, a despeito da mente —, você se arrependerá, porque a outra metade pela qual você não se decidiu, vai ficar perseguindo-o: talvez esta fosse a certa e a que você escolheu, a errada — e agora não há meios de se saber. Talvez a escolha que você deixou de lado fosse a melhor.

Mas, mesmo que você a tivesse escolhido, a situação não seria diferente, aí então, aquela que tivesse sido deixada de lado o perturbaria.
A mente é, basicamente, o princípio da loucura.
E se você estiver muito nela, ela o conduzirá à loucura."

Osho, em "Além da Psicologia — Discursos no Uruguai"

Fonte


Fernanda Cavalcanti

domingo, 12 de junho de 2011

Homenagem a todos os "Eduardos e Mônicas"... Feliz Dia dos Namorados

Linda homenagem a uma das mais belas canções, de uma das maiores bandas nacionais do rock brasileiro, Legião Urbana. Canção, que está comemorando 25 anos, mas que é uma mostra que a verdadeira música perpassa os tempos, e sempre continua atual.

Homenagem a todos os "Eduardos e Mônicas" do mundo. Feliz Dia dos Namorados!





Fernanda Cavalcanti

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Interessantíssimo: "Nossa saúde depende da qualidade de nossos pensamentos"



Ao ler esta reportagem que postarei logo abaixo, percebi o quanto a medicina vem avançando em relação à ligação existente entre o corpo e a mente. Deixando então, de ser até mesmo "ridicularizada", a discussão de que as reações orgânicas não tinham nada haver com as emoções e pensamentos. Começa-se a provar, que a nossa qualidade de vida e respostas imunológicas estão ligadas sim, a nossa maneira de produzir pensamentos, e que boa parte das doenças surgem e também podem ser curadas através de seu direcionamento.




"Você já parou para pensar quais são os pensamentos negativos que constantemente ocupam a sua mente? O que esses pensamentos querem te dizer? Você tem consciência de como isso atrapalha sua vida, sua saúde e seus relacionamentos? É por esse motivo que um tratamento deve olhar o paciente em todos os seus aspectos: alimentação, funcionamento dos órgãos e, principalmente, emoções e sentimentos.

A vontade de mudar é a chave para o crescimento em todas as áreas da vida, mas, às vezes, mudar dá medo, pois não sabemos o que pode acontecer. O medo paralisa. O novo é o desconhecido e faz com que abandonemos o sonho de mudança para voltar ao comodismo, nossa zona de conforto.

Eckhart Tolle em seu excelente livro O Poder do Agora diz: "o medo é sempre de alguma coisa que poderá acontecer, não de alguma coisa que está acontecendo neste momento. Você está no aqui agora ao passo que a sua mente está no futuro. Essa situação cria um espaço de angústia".

Você é o que é porque assim o deseja. Se realmente quisesse ser diferente, estaria buscando uma mudança neste exato momento. E é com você que quer mudar que eu gostaria de falar. Aquilo que prende sua atenção determina suas ações. Onde você se encontra hoje é resultado dos pensamentos que estão na sua mente.

Nossas doenças são essas emoções somatizadas nos nossos órgãos de choque. Cuidar dos pensamentos é fundamental, já que eles geram emoções e estas, quando são negativas, geram doenças. Já está comprovado que os pensamentos são capazes de modificar nossas células. Somos co-criadores da nossa realidade e das doenças que podem afetar nossa saúde.

Vamos citar a depressão, por exemplo. Ela gera uma tristeza que não passa, uma sensação de abatimento que vai tomando conta e faz com que corpo e mente não funcionem bem. Não há apetite, o sono é irregular, o intestino muitas vezes não funciona todos os dias, a autoestima vai para o brejo, nada mais dá prazer, falta concentração, sente-se lentidão física e mental, perde-se interesse pelo que se gostava e falta vontade de viver.

Se analisarmos as causas emocionais para esse comportamento vamos encontrar infinitas justificativas: a perda do emprego, a perda de alguém especial, a morte de um familiar, problemas financeiros, traumas de infância, filhos com problemas, frustrações, falta de perspectiva na vida etc.

De acordo com a medicina chinesa, a depressão pertence ao departamento do fígado. É ele quem diz sim ou não ao que pode ou não entrar na corrente sanguínea. Com isso, proporciona um ambiente tranquilo, inclusive para o sistema nervoso.
Rudolf Steiner, pai da Antroposofia, afirma que o fígado é o órgão da vontade. Quando temos vontade e interesse pela vida, nosso meridiano do fígado fica equilibrado, ou seja, vamos conseguir tomar decisões assertivas. Então tome cuidado com o consumo de álcool, pois ele neutraliza justamente as células encarregadas de filtrar as toxinas que vêm do intestino.

Gorduras e excesso de comida também prejudicam o fígado, porque fazem com que ele fique sempre trabalhando. O fígado é um órgão de planejamento e, por isso, precisa de descanso para conseguir filtrar o sangue.

Preocupações, ideias fixas e comportamento obsessivo prejudicam o fígado, gerando raiva, irritação e instabilidade emocional.

Quem fica vermelho de raiva ou está sempre com os olhos vermelhos está com o fígado intoxicado. Já quem costuma ter o rosto avermelhado está com o fígado congestionado.

Através da doença os pacientes aprendem a ser moderados, a ter paciência e a se controlar no que se refere a excesso de bebida, comida e sexo. A pessoa é obrigada a pensar naquilo que seu corpo consegue suportar e no que é veneno para ela. É bom perceber quando se ultrapassa os limites, voando alto demais, com ilusões.

Por esses motivos um tratamento deve trabalhar em todas essas áreas conjuntamente: o equilíbrio da alimentação, o discernimento das emoções, o limite das atitudes e os pensamentos doentios.

Eu utilizo a terapia ortomolecular, a acupuntura e as sessões de análise transpessoal para criar esse suporte. Precisamos do corpo físico, assim como do corpo emocional e do energético, porque eles são nossos instrumentos de relação com o mundo e precisamos estar bem para trocarmos experiências e afetos. É desta maneira também que nos expressamos, adquirimos valores e ganhamos um sentido para nossa vida.

Temos um aminoácido que contribui diretamente para a estabilização do humor: o triptofano. Ele estimula a produção de serotonina, que é calmante, e dá sensação de bem estar. Hoje já foi confirmado que a maior parte da serotonina fica armazenada no nosso intestino. Portanto, seu mau funcionamento vai influenciar seu humor, sua tolerância e sua paciência.

Precisamos citar também o ferro, o magnésio e o potássio, que são minerais importantes para pessoas com quadros de depressão. Quem apresenta deficiência desses nutrientes sofre interferências relacionadas diretamente com o funcionamento do corpo e das emoções."

Fernanda Cavalcanti